Roucas CIGARRAS
Na ILHA
as cigarras cantam
rouca
e apaixonadamente
a canícula abrasadora
parece querer incendiar
até as pedras graníticas,
tudo invadindo!
Na muralha do castelo
uma largatixa
signo de todas as épocas,
símbolo de longínquos passados
e futuros próximos,
refugia-se numa fenda
já familiar...
A algazarra
de milhares de cigarras
roucas
não pára nunca!
Todos esperam pelo crepúsculo,
pelo voo das garças
rente às águas do Tejo!
Quando elas passarem
o relógio da natureza
assinalará mais um entardecer
e então
milhares de roucas cigarras
darão lugar
a milhares de outros bichos
que no calor
maternal e acolhedor da noite
contarão lendas de gigantes
de palmeirins
de amores, de lutas e de batalhas!
Quero escutar
as garças...
Quero ouvir
o que têm para dizer!
E depois
contemplar, apaixonadamente
nas águas estias do rio,
miragens felizes
de mouras encantadas!
Porque eternamente
nos imaginários
elas ainda lá estão!...
Porque cada rouxinol
assinala com o seu triste canto
amores desventurados,
maculados!
Das sempre correntes
águas do rio,
miragens antiquíssimas
beijam a ILHA.
Porque o fazem assim
de modo tão tranquilo?
as cigarras cantam
rouca
e apaixonadamente
a canícula abrasadora
parece querer incendiar
até as pedras graníticas,
tudo invadindo!
Na muralha do castelo
uma largatixa
signo de todas as épocas,
símbolo de longínquos passados
e futuros próximos,
refugia-se numa fenda
já familiar...
A algazarra
de milhares de cigarras
roucas
não pára nunca!
Todos esperam pelo crepúsculo,
pelo voo das garças
rente às águas do Tejo!
Quando elas passarem
o relógio da natureza
assinalará mais um entardecer
e então
milhares de roucas cigarras
darão lugar
a milhares de outros bichos
que no calor
maternal e acolhedor da noite
contarão lendas de gigantes
de palmeirins
de amores, de lutas e de batalhas!
Quero escutar
as garças...
Quero ouvir
o que têm para dizer!
E depois
contemplar, apaixonadamente
nas águas estias do rio,
miragens felizes
de mouras encantadas!
Porque eternamente
nos imaginários
elas ainda lá estão!...
Porque cada rouxinol
assinala com o seu triste canto
amores desventurados,
maculados!
Das sempre correntes
águas do rio,
miragens antiquíssimas
beijam a ILHA.
Porque o fazem assim
de modo tão tranquilo?
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